Escola do DF será premiada em concurso sobre saneamento e educação ambiental
Um concurso promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-DF) vai entregar, nesta quinta-feira (8), R$ 10 mil para a escola do Distrito Federal com o melhor projeto de saneamento. Ao todo, 24 instituições públicas e privadas participaram da primeira etapa da competição.
As cinco finalistas foram: Centro de Ensino Fundamental 01 do Riacho Fundo II, Centro Educacional Agrourbano Ipê, Escola Classe 15 de Ceilândia, Escola Classe Monjolo e Centro de Ensino Fundamental 02 de Brazlândia. Segundo a Abes, foram apresentados projetos diferentes com ampla abordagem do tema – iniciativas de compostagem de lixo, redução do consumo de água, plantio de hortas e ampliação da coleta seletiva, por exemplo.
A supervisora pedagógica do projeto, Gedilene Lustosa, afirma que o objetivo é gerar soluções a partir das experiências realizadas na escola. “A ideia é poder passar esse nosso modelo para a comunidade”, diz.
No Centro Educacional Agrourbano Ipê, o projeto ambiental foi idealizado pelo professor de ciências e biologia, Leonardo Hatano, em 2014. Alunos das séries iniciais e do ensino médio foram envolvidos no trabalho. A proposta era criar, na escola, uma vitrine para a comunidade.
No início, o professor Hatano propôs aos alunos a construção de um tanque para criação de tilápias e um sistema de reutilização da água para irrigação da horta e da agro-floresta criadas na escola. O projeto deu tão certo que, atualmente, inclui também um fogão solar, um sistema de desidratação de frutas, compostagem e um micro sistema agro-florestal, além de uma casa ecológica.
Aluna do 2º ano, Milena Almeida diz que a ideia da agro-floresta é reproduzir um ambiente de agricultura familiar. Um dos aspectos importantes, segundo ela, é diferenciar as mudas, a época do plantio e as quantidades do que será plantado.
“Quando vamos plantar milho, por exemplo, plantamos nessa semana e na outra, para a família sempre ter o que colher. Se plantarmos tudo de uma vez, em algum momento a família vai colher demais, mas logo depois ela não terá mais nada para retirar da terra", diz.
Hatano afirma que a ideia também é fazer experiências na busca de um equilíbrio natural do ecossistema, verificando quais medidas podem ser tomadas no combate às pragas, para que não seja necessário o uso deagrotóxicos.
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